Até o presente momento no mundo existem mais de cinco mil estudos publicados na Biblioteca Nacional Americana de Medicina relacionando o bisfenol A com o aparecimento de câncer de mama e próstata, alterações no sistema imunológico, diabetes, doenças cardíacas, distúrbios neurológicos, obesidade, infertilidade, aborto, puberdade precoce e disfunção na sexualidade, principalmente a masculina alterando além de outras coisas a qualidade dos espermatozoides. Trata se de uma substância muito parecida com o hormônio feminino, chamado estrógeno. Como já foi demonstrado por muitas pesquisas com animais, o bisfenol A age como o hormônio sexual feminino embora seja menos potente que o natural. Ainda bem!!
SENÃO SERIA UMA TRAGÉDIA!
A Environmental Working Group (EWG), em 05 de julho de 2010 apelou aos consumidores americanos para tomar a sua saúde em suas próprias mãos e evitar males de origem ambiental, reduzindo a exposição a esta substância tão nociva chamada bisfenol-A (BPA-A).
E onde encontrar esta substância? Ai reside um problema, alias um problema enorme pois a encontramos em vários objetos do nosso cotidiano, tais como: o revestimento de alimentos enlatados, mamadeiras, garrafas e recipientes plásticos, alimentos para bebês, caixas de pizza, recipientes de comida rápida, obturações dentárias não metálicas, papel térmico (receitas), alguns dispositivos médicos, DVDs e embalagens de alimentos. No Brasil, a maior parte das mamadeiras plásticas e copos infantis são fabricados com policarbonato que utilizam o bisfenol-A. Os efeitos negativos do BPA são tão evidentes nas pesquisas feitas com crianças que os países que proibiram o químico, vetaram sumariamente o uso de policarbonato em mamadeiras e copos infantis. O químico migra do plástico, já que possui moléculas instáveis, contaminando alimentos e seres humanos. Então quer dizer que aquele copo de plástico antigo da sua casa pode liberar este componente quando você bebe água? Se ele for feito em policarbonato, provavelmente sim. Será se aquela nossa amiga de 30 anos de idade, que acabou de descobrir um câncer de mama pode ter relação com uma questão ambiental? Quem sabe?! A produção, transformação e reciclagem do bisfenol A pode também contaminar rios e lagos. A produção mundial anual do BPA, matéria-prima para a fabricação de plásticos policarbonatos e resinas epóxi, é de 3,8 milhões de toneladas. Entre 1980 e 2000, a produção de Bisfenol nos Estados Unidos cresceu 500%. Hoje é um componente onipresente em plásticos produzidos a partir de policarbonato transparente e é um negócio altamente lucrativo. Muito, muito mas muito dinheiro esta envolvido nisso!
Muitos países parecem estão em vias de proibir BPA e tentar definir padrões mais elevados para os produtos fabricados principalmente lá pelas bandas da Ásia.
Até o presente momento, Canadá, Dinamarca, França, Japão e vários estados dos E.U.A proibiram com sucesso o uso do BPA em produtos selecionados como garrafas e copos. Já é algum começo. Quem não se lembra aí daquelas águas minerais que vinham em recipientes de vidro? Não é mais! Vou ver se os novos recipientes de água mineral, distribuídos por aqui por estas bandas do mundo tem também o BPA. Na minha casa não uso mais estes garrafões, achei melhor não arriscar.
Em 30 de junho, The National Resources Defense Council (NRDC) ajuizou uma ação contra o E.U. Food and Drug Association (FDA) “, pela sua omissão em uma petição para proibir o uso do bisfenol A (BPA) em embalagens de alimentos, recipientes para alimentos e outros materiais susceptíveis de entrar em contacto com os alimentos. ”
Os acionistas da coca cola cobraram explicações da empresa pelo ruído que causou a possibilidade das suas latinhas estarem sendo produzidas com este poluente ambiental. Enfim…inimigo oculto. Se já tenho medo dos visíveis, imagina aqueles que ningúem vê!
BISFENOL – BRASIL
A diretiva da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) é normalizada junto ao Mercosul, foi revista em março de 2008 ( Resolucao Anvisa No 17, de 17 de marco de 2008 ) e baseia-se em lei da Comunidade Européia de 2004 .
Para o bisfenol-A, o limite de migração específico (LME) permitido das embalagens para os alimentos e bebidas é de 0,6 mg/kg de material plástico.
No momento, o Projeto de Lei do deputado Beto Faro (PT-PA), que está sendo analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, tramita em caráter conclusivo.
O Projeto proíbe a produção, a importação e a comercialização de embalagens, equipamentos e outros produtos para lactantes e crianças da primeira infância que contenham em suas composição o bisfenol-A.
Em Curitiba, o vereador Aladim Luciano (PV) propôs lei banindo o bisfenol. Apresentado na Câmara de Curitiba, em março de 2010, o projeto prevê a proibição da fabricação, fornecimento e comercialização de mamadeiras e brinquedos infantis compostos por elementos plásticos que liberem o poluente orgânico persistente bisfenol-A (BPA).
Quem não já teve uma pessoa próxima acometida de câncer ou com problemas de infertilidade. Parece que estas pessoas estão cada vez mais numerosas. Não é verdade? Em breve vou postar aqui o resumo de um artigo que saiu na revista europeia de reprodução humana em 2009 sobre os efeitos deste poluente na sexualidade de operários chineses expostos a elevados níveis do BPA. Bem, o blog desta semana teve uma finalidade para estarmos um pouco mais atentos a estes inimigos ocultos e na medida do possível tentar evita-los. Não é fácil. Mas achei por bem alerta-los. Me ausentei um pouco depois que cheguei da última viagem a Califórnia, mas voltei, sempre voltarei enquanto estiver por esta passagem – a propósito vou comentar sobre as novidades do congresso em breve, principalmente para pacientes com ovários policísticos e endometriose que estão ainda buscando seus sonhos. Vou ficando por aqui. Tenham todos uma excelente semana e fiquem com Deus…sempre! E sem bisfenol !!
Uma resposta
Sabia que ia encontrar esta informação muito obrigado por psotar