O apoio psicológico torna-se indispensável para preservar o bem estar do casal que recebe o baque do diagnóstico de infertilidade. O tratamento de reprodução assistida nem sempre é vivenciado de forma tranquila pelos pacientes, esse processo pode ser carregado de ansiedade e outros sentimentos.
Como a questão da infertilidade ainda é vista como um tabu, por motivos culturais, acaba impedindo que o tema seja tratado com naturalidade. Dessa forma, o casal acaba com o sentimento de frustração e de baixa autoestima ao saber da impossibilidade de realizar o sonho de ter filho.
A importância do acompanhamento psicoterápico para casal em tratamento vai desde questões pessoais, morais e éticas. Com o profissional, os pacientes podem debater as questões que estão incomodando durante o tratamento, além de ajudar a reduzir a tensão e ansiedade.
“A nossa proposta é poder escutar e acolher os casais, muitas vezes fragilizados por todo o estresse e frustrações que a falta de um filho impôs às suas vidas. O importante é que eles sejam acolhidos quando se depararem com este real – de não poder ter filhos por meios naturais – e dar um sentido a essa angústia, criando e proporcionando um espaço e um tempo para que se possa falar dela”, afirma a psicóloga Flávia Parente, em artigo publicado na Revista Fertilis.