Pesquisa aponta risco no uso de paracetamol por mulheres grávidas. Por isto, entre os cuidados que as futuras mamães devem ter no período de gravidez, está a atenção redobrada com o uso de alguns medicamentos.
Estudo desenvolvido por pesquisadores da Escola de Saúde Pública Fielding, da Universidade da Califórnia (UCLA) e da Universidade de Aharus, na Dinamarca, questiona a ingestão da substância paracetamol (acetaminofeno) por grávidas. A pesquisa, publicada da revista de pediatria do Jornal da Associação Médica Americana (Jama) no último dia 25 de fevereiro, aponta que o consumo de paracetamol durante a gravidez pode afetar o cérebro do bebê em formação. Desde sua primeira comercialização na década de 1950, está é a primeira vez que a droga aparece como um risco para os bebês. Financiado pelo Conselho de Pesquisa Médica Dinamarquês, o estudo apontou que a ingestão da substância pode causar déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em crianças cujas mães ingeriram o medicamento durante a gravidez. A pesquisa foi realizada com a participação de 64.322 mães e filhos entre 1996 e 2002. Nas análises, mais da metade das mulheres havia ingerido o medicamento. No total, 37% dos filhos tiveram risco maior de TDAH (transtorno hiperquinético), em relação às mulheres que não usaram a substância. Além disso, as que ingeriram a droga tiveram 29% mais probabilidades de ter filhos aos quais foram prescritos remédios para o TDAH e 13% mais risco de ter filhos com sintomas similares aos do TDAH aos 7 anos. Ponderações Ainda serão necessários outros estudos para confirmar os resultados obtidos na pesquisa. A equipe, agora, irá investigar se o que afeta o cérebro dos bebês vem realmente do paracetamol. A pesquisa constatou apenas um maior número de distúrbios em bebês, cujas mães ingeriram o medicamento durante a gravidez.