A obesidade é uma preocupação constante dos profissionais de saúde. No Brasil, o excesso de peso atinge 30% das mulheres em idade fértil e tem efeitos negativos em pacientes que buscam a gestação. O sobrepeso pode provocar irregularidades na menstruação, mesmo quando as mulheres não são diagnosticadas com a Síndrome dos Ovários Policísticos. “O excesso de gordura corporal na mulher pode alterar os níveis de insulina liberados pelo pâncreas, o que leva a um aumento na produção de estrógeno pelos ovários, dificultando a liberação dos óvulos e limitando as chances da mulher engravidar. Assim, acredita-se que o melhoramento na resistência à insulina atingida com a perda de peso tem mais importância no retorno à ovulação normal”, explica a Dra. Claruza Lavor. Nas estatísticas da infertilidade em mulheres, 6% dos casos estão associados ao sobrepeso. Caso haja a redução do peso, 70% das mulheres têm chances de engravidar de forma espontânea. A perda de peso deve acontecer a partir de uma dieta apropriada e da prática de atividades físicas, ambas acompanhadas por profissionais. “O objetivo é melhorar a fertilidade e reduzir o risco de complicações obstétricas, sendo mais efetivas quando introduzidas como abordagem inicial”, ressalta a Dra. Claruza.