A clamídia é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais perigosas para a fertilidade e saúde da mulher. Apesar de a bactéria que a provoca atingir homens e mulheres, o percentual de mulheres inférteis por conta da doença é maior que o de homens (15% de mulheres contra 10% de homens), num total de 25% de casos de infertilidade relacionados à doença. Atualmente, a clamídia é também a que mais causa infecções pélvicas e alterações na tuba uterina e, caso não tratada, a infecção pode causar danos irreversíveis ao corpo, como a infertilidade.
Com a liberdade sexual vieram pros e contras. O aumento do número de relações sexuais com pessoas diferentes trouxe também o aumento de incidências de infecções e doenças sexualmente transmissíveis que causam de desconforto a problemas graves de saúde em mulheres e homens em idade reprodutiva. As DSTs modificam o mecanismo de autorreprodução da vagina e suas características, tornando o ambiente hostil aos espermatozoides e dificultando a fecundação.
A FEBRASGO divulgou há algum tempo que existem evidências relacionando a infecção por Clamidia Trachomatis ao aumento de complicações durante a gravidez. O Dr Evangelista Torquato afirma que alguns dos problemas mais comuns são infecção intrauterina, prematuridade, ruptura prematura de membranas, endometrite pós-parto e até natimorto e abortamento.