Quais os exames necessários para realizar uma FIV?

Para avaliar a fertilidade feminina e masculina em um casal que está tendo dificuldade de engravidar, é feita uma pesquisa básica em que são exigidos exames gerais e específicos. Os primeiros exames feitos, chamados de exames de primeira linha, são realizados durante o 1º e o 14º dia do ciclo menstrual. Os exames de segunda linha são solicitados quando houve tentativas de FIV sem sucesso. São exames genéticos e investigam a causa do insucesso, como abortos de repetição, falhas de implantação, entre outros.

Os exames de primeira linha que são realizados entre o 1º e o 5º dia do ciclo menstrual são o FSH, AMH (opcional devido ao custo) e a ultrassonografia transvaginal. Estes exames são importantes, pois avaliam a reserva de óvulos, e sabemos que quanto menor a reserva, menos chances a mulher tem de engravidar. Além desses, também são feitos o TSH, a antitireoglobulina, anticorpo antiperoxidase e a ultrassonografia da tireoide. O objetivo desses exames é avaliar o trabalho da tireoide da mulher, pois disfunções na tireoide, como hipo ou hipertireoidismo podem causar abortamentos e até infertilidade. Os últimos exames feitos entre o 1º e o 5º dia do ciclo menstrual são Ca 125, prolactina e sorologia para clamídia. Esses exames, respectivamente, investigam se há chances de endometriose, elevação das taxas de prolactina, que levam à infertilidade, ou problemas nas trompas.

Realizada entre o 6º e o 13º dia do ciclo menstrual, a histerosalpingografia é feita com a introdução de uma cânula no útero e a injeção de contraste e investiga se há problemas nas trompas. Entre o 8º e o 14º dia do ciclo menstrual é feita a videohisteroscopia, exame que detecta possíveis causas de infertilidade, como pólipos, miomas, aderências pélvicas e malformação do útero, através de uma ótica introduzida no útero da paciente. Ainda dentro dos exames de primeira linha, é feito um mapeamento para endometriose profunda, que pode ser feito em qualquer momento do ciclo.

O Dr. Evangelista Torquato explica que “todos esses exames se complementam, sendo necessário um cruzamento de informações para se chegar a um resultado definitivo e às razões pelas quais o casal é infértil, se for o caso. A partir daí, o médico especialista em Reprodução Humana indicará o tratamento mais adequado ao casal”.

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