A clamídia é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, podendo atingir homens e mulheres. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, surgem 92 milhões de novos casos da infecção no mundo. No Brasil, estima-se que 7% a 20% das mulheres com menos de 25 anos, com vida sexual ativa, possuem a clamídia e não sabem.
Em 70% dos casos, a clamídia não apresenta nenhum sintoma. Quando esses surgem, nas mulheres, os mais comuns são dor ao urinar, corrimento vaginal com pus e dor de leve intensidade no baixo do ventre. Sem o tratamento adequado, a patologia pode avançar e provocar, entre outros problemas, sangramento no meio do ciclo menstrual, infecção no útero, doença inflamatória pélvica e, o mais grave, a infertilidade.
Além disso, grávidas com doença correm o risco de ter um parto prematuro e, segundo alguns estudos, aborto espontâneo. A bactéria pode ser transmitida para o bebê na hora do parto, provocando conjuntivite e pneumonia no recém-nascido. Por isso, se você estiver tentando engravidar, a clamídia deve ser tratada imediatamente para aumentar suas chances de concepção, além evitar possíveis danos ao seu aparelho reprodutivo.
Já nos homens, os sintomas, também raros, são queimação ao urinar, secreção esbranquiçada no pênis e coceira na uretra. Com a evolução, podem surgir inflamação, dor nos testículos e, também, problemas de fertilidade, causados pela inflamação nos epidídimos, que são ductos que armazenam o sêmen.
O tratamento é feito à base de antibióticos, mas o melhor remédio sempre é a prevenção. Por isso, o sexo seguro, com o uso de preservativo, deve acontecer em todas as relações sexuais.
