Clínica orienta tentantes e gestantes sobre a vacinação contra Covid-19

O Centro de Reprodução Humana Evangelista Torquato, considerando as diretrizes da Rede Latino Americana de Reprodução Assistida (RedLara) de 2 de fevereiro, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) de 18 de janeiro, da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) de 17 de janeiro e da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) de 12 de janeiro, vem a público orientar suas pacientes sobre a vacinação contra a Covid-19.

Nesse momento onde a pandemia continua, há um aumento no número de casos e a presença de nova variedade do SARS-Cov-2 em nossa região. A decisão sobre a vacinação deve ser compartilhada entre você e seu (sua) médico (a) assistente. Trazemos alguns dados para orientá-la inicialmente:

  • É fato que a segurança e a eficácia das vacinas ainda não foram avaliadas em gestantes e lactantes. No entanto, os estudos em animais não demonstraram risco de malformações.
  • Além disso, as vacinas aprovadas pela ANVISA não contêm o vírus vivo. Adotam tecnologia usada em outras vacinas como a contra o tétano, coqueluche e influenza, que são seguras e já fazem parte do calendário das gestantes.
  • Para as tentantes e gestantes pertencentes ao grupo de risco, a vacinação poderá ser realizada após avaliação dos riscos e benefícios em decisão compartilhada entre a mulher e seu médico.
  • Pacientes gestante têm um risco maior de complicações pela COVID-19 do que as mulheres que não estão grávidas. A gravidade da doença nas gestantes deve ser considerada na avaliação para a vacinação, visando sempre a segurança do binômio materno-fetal.
  • O acesso aos tratamentos de reprodução assistida não está condicionado à vacinação. Da mesma forma, não se pode exigir teste de gravidez para vacinar mulheres.
  • Mulheres que foram vacinadas sem saber que estavam grávidas devem ser tranquilizadas sobre a baixa probabilidade de risco e encaminhadas para o acompanhamento pré-natal.
  • Não há indicação de evitar a gravidez natural ou por tratamentos de reprodução assistida se a vacina não estiver disponível ou em caso de pacientes fora de grupos de risco.
  • A vacinação não substitui outros cuidados como o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social, que devem ser mantidos por todos. 

Somamo-nos as recomendações da RedLara: “Para indivíduos vulneráveis, que apresentam alto risco de infecção e/ ou morbidade por Covid-19, dentre os quais estão as grávidas, não receber a vacina supera o risco de ser vacinado, previamente ou durante a gravidez. Inclui-se ainda neste grupo os profissionais de saúde e aqueles outros, de linha de frente, com maior risco de exposição”.

A vacina deve ser considerada para minimizar os riscos para si mesma e sua gravidez. Nossa equipe está aqui para orientá-la e tirar suas dúvidas. Reforçamos a nossa confiança na comunidade científica e nas sociedades médicas que trabalham para o desenvolvimento das vacinas e que continuam a pesquisar para nos dar mais respostas no enfrentamento à COVID-19.

Nutrizes

Em relação às lactantes, a amamentação não deve ser interrompida. Já se sabe que a amamentação deve e pode ser mantida por mães que estão com a COVID-19, com cuidados de higienização e o uso de máscaras para evitar a contaminação do bebê. Isso porque todos os benefícios do aleitamento superam os riscos, tendo o leite materno um efeito protetor para a criança.

Apesar de os ensaios clínicos para as vacinas não terem incluído mulheres que estavam amamentando, se os estudos indicam a manutenção da amamentação mesmo durante a infecção pela COVID-19, infere-se que a mesma conduta deva ser aplicada para a vacinação. Exceto pelas vacinas contra a varíola e a febre amarela, que usam o vírus vivo e atenuado, todas as outras podem ser administradas em mulheres que amamentam sem problemas. As vacinas contra a COVID-19 não usam o vírus vivo e não causam a doença.

Lactantes não fazem parte do grupo de risco, exceto se já existem comorbidades (risco individual) ou exposição profissional ao SARS-Cov-2.

Fortaleza, 4 de fevereiro de 2021.

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