Alguns casais temem que um bebê de proveta seja “fraco” ou “anormal” e, por incrível que pareça, alguns acreditam que a criança cresce em um tubo de ensaio por 9 meses e só depois é entregue aos seus pais. Acreditem…isso é verdade!
Felizmente, com o aumento da conscientização, muitos casais já sabem que não há nada de “artificial” sobre um bebê de proveta. A FIV é simplesmente uma das técnicas de reprodução assistida que permite que o médico realize no laboratório o que não está ocorrendo naturalmente no quarto.
Em muitas famílias indianas, por exemplo, as decisões sobre fazer ou não tratamentos de FIV são tomadas pelos mais velhos, ao invés do próprio casal. Muitos parentes mais velhos ainda acreditam que o procedimento é “antinatural ou anormal” e são, portanto, contra ele.
Uma grande preocupação das mulheres é relacionada com as injeções hormonais, que precisam ser tomadas para a fertilização in vitro. Precisamos lembrar que esses hormônios são “hormônios naturais” – os mesmos hormônios que o corpo produz normalmente.
Algumas mulheres também sentem medo de engordar com esses hormônios, porém é importante lembrar que seus efeitos não são de longo prazo, uma vez que o corpo irá metabolizá-los.
Outras, acreditam que as injeções poderão deixá-las sem óvulos, e que como resultado, sua fertilidade vai diminuir. Outra preocupação é o medo de que as injeções aumentem o risco de câncer de ovário. Porém, felizmente, muitos estudos têm provado que isso não procede. Não que essa verdade seja absoluta ainda, mas não podemos de forma categórica afirmar nem uma coisa nem outra.
Entre estes medos, o principal é de que, se a fertilização in vitro não funcionar, o casal fique sem outras opções de tratamento.
Os pacientes sabem que a FIV é um tratamento de “último recurso” e muitos preferem mantê-lo em reserva para um segundo momento.
Para alguns, só o fato de o médico aconselhar a FIV é um grande golpe, pois obriga o casal a enfrentar o fato de que eles têm um problema sério que necessita de tratamento avançado.
Muitos casais inférteis continuam a iludir-se de que eles têm um problema menor que é “fácil de resolver”. Para outros, apenas o fato de a fertilização in vitro estar disponível, já ajuda a tranquilizá-los e, assim, eles preferem mais uma vez mantê-lo na lista de “tratamentos reserva”.
Para alguns, o principal problema é o custo do tratamento. A FIV ainda é cara e fora do alcance da maioria dos casais. Para outros, o estresse envolvido em passar por um ciclo de FIV é um grande entrave. Enquanto eles aprenderam a conviver com os altos e baixos de um ciclo menstrual normal, eles sentem que não serão capazes de lidar com a ansiedade e a incerteza associada a um ciclo de fertilização in vitro.
No entanto, há um momento certo para tudo, incluindo a fertilização in vitro. Se o paciente esperar muito tempo, suas chances de engravidar irão cair com o aumento da idade, e este declínio torna-se cada vez maior após os 35 anos.
Uma prática comum para muitos ginecologistas é repetir a IIU (inseminação intra-uterina) diversas vezes. A maioria dos estudos têm mostrado que, se um tratamento de IIU não funcionou em 3 ciclos, o paciente deve passar para o passo seguinte (o que é muitas vezes a FIV). No entanto, a maioria dos ginecologistas que não oferecem fertilização in vitro, mas fazem IIU preferem “segurar” seus pacientes e, ao invés de encaminhá-los para a FIV, continuam tentando a inseminação novamente e novamente. Muitas vezes, os pacientes são alimentados de esperanças e acabam frustrados, perdendo a confiança em si mesmos e, embora possam ter opções mais eficazes de tratamento, acabam desistindo.
Embora a fertilização in vitro seja mais cara, ela pode ser uma opção mais rentável. Planeje o seu próprio curso de ação e adapte ele às suas próprias condições. Busque seus sonhos e tenha sempre ao seu lado um médico de confiança para que esse sonho se transforme em realidade.
Fonte: Obgyn.net