Já é de conhecimento da maioria da população que mulheres com mais de 40 anos possuem taxas de fertilidade menor quando comparadas com as mais jovens. Isso acontece porque a qualidade dos óvulos produzidos por mulheres dessa faixa-etária interfere diretamente no insucesso dos tratamentos de fertilização, uma vez que esses óvulos tendem a originar embriões com alterações cromossômicas. A consequência disso? Abortos espontâneos e até alterações genéticas nos bebês, como a Síndrome de Down, por exemplo.
Para aumentar as chances de mulheres acima de 40 anos a realizarem o sonho da maternidade, mas sem recorrer ao programa de ovodoação, o ideal é conseguir, durante o tratamento, um número maior de óvulos, o que amplia as chances de se obter embriões de qualidade – ou embriões competentes. Também há mulheres que possuem baixa reserva ovariana – ou seja, elas produzem poucos óvulos -, problema que ocorre com mais frequência em pacientes maduras. Em ambos os casos, torna-se fundamental a estimulação ovariana, procedimento de reprodução humana que estimula o ovário a liberar mais óvulos em um mesmo ciclo.
“Para se conseguir mais embriões, precisamos obter mais óvulos maduros, garantindo, assim, o êxito do tratamento. E é justamente por isso que a estimulação ovariana é tão importante, já que ela estimula o ovário a liberar uma quantidade maior desses óvulos”, afirma Dr. Evangelista Torquato.
Além disso, o especialista em medicina reprodutiva também reforça que o protocolo de estimulação ovariana deve ser individualizado, ou seja, de acordo com o histórico, as características e as especificidades de cada paciente.
“Esse cuidado, além do acompanhamento constante por parte da nossa equipe, são de extrema importância, pois evita, entre outras situações, a hiperestimulação ovariana, o que pode trazer uma série de problemas”, explica.
