Quase saindo da adolescência, aos 25 anos, conheci a minha mulher. Beleza juvenil, inquietude característica, sonhos misturado a devaneios. Bastaram três meses de convivência e casei. Tinha a leve e doce ilusão do que era o amor. Já se foram quase 15 anos. A beleza juvenil deu lugar à beleza plena, a serenidade substitui a inquietude e os sonhos agora tem uma mistura de realidade. E hoje, o amor juvenil e arrebatador deu lugar a um amor mais pleno, absoluto, maduro, mais forte. Justificadamente, mais saboroso. Parabéns para a minha companheira que na última quarta-feira chegou aos 40 anos. Que Deus permita-me descreve-la aos 80 anos!
O que a paciente pode fazer para melhorar um tratamento de Fertilização “in vitro”.
Se fiz alusões positivas a mulher que chega aos 40 anos, não farei o mesmo quando a questão é a sua fertilidade. Já é sabido pela população dos efeitos negativos que tem a idade sobre o potencial reprodutivo. Este é um ponto que insisto com minhas pacientes: não adiem demasiadamente a maternidade. Vou explicar o porquê: o sexo do feto feminino começa a se formar a partir da quinta semana de gestação. Os óvulos passam por um processo de multiplicação alcançando entre o quinto e o sexto mês o valor de 6 milhões de óvulos. Pois bem, exatamente a partir deste ponto da gestação começa a morte destes mesmos óvulos. De forma dramática, quando esta criança nasce, dos 6 milhões de óvulos que tinha apenas restam 2 milhões. E durante toda a infância e início da adolescência a perda de óvulos se mantém. Quando menstrua pela primeira vez, a mulher tem apenas algo em torno de 400.000 óvulos. Vejam a acentuada queda: de 6 milhões cai para 400 mil. Mas não pára por ai: a cada ovulação, para liberar apenas um óvulo a mulher perde em torno de 1000. Portanto, é muito lógico que a idade tenha um fator fundamental no potencial reprodutivo. Vejam abaixo esta curva:
A maior probabilidade de fecundidade ocorre a partir do 20 anos com um pico em torno dos 25. Vejam que ela apresenta uma inclinação negativa, embora suave a partir deste ponto e a partir dos 35 anos de uma forma bem mais acentuada. Uma das principais causas reside na explicação acima: a mulher perde óvulos todo mês e não existe renovação, além disso, são óvulos que com o passar do tempo perdem um pouco a qualidade. Apesar da evidência substancial do declínio da fecundidade associado à idade, as mulheres freqüentemente ignoram os riscos associados com este retardo a maternidade. Pelo menos é o que podemos comprovar em um recente estudo publicado em 2006 no Jornal Europeu de Reprodução Humana. Lampic e colaboradores concluíram em um estudo realizado com estudantes universitárias suecas que metade delas desejam ter filhos após os 35 anos e que elas não tem consciência dos efeitos da idade sobre a fertilidade.
Dando um giro pela medicina
Estive recentemente no Edifício Simone, onde morei por mais de uma década. Fui a sua tradicional festa junina, onde são convidados moradores e ex-moradores. Encontrei-me com duas quase crianças: Lara e Tiago, filhos de um ex-vizinho e colega Dr. Airton Quintino. Na época em que lá morava, por ser no primeiro andar e próximo ao pátio, as crianças simplesmente infernizavam meus estudos. E lá estavam Lara e Tiago. Hoje, para minha grata surpresa serão meus futuros colegas. Sinal dos tempos! Parabéns, meu querido colega Airton.
Cuidados para Gestantes
Além de ajudar ao organismo, a atividade física também evita o aumento exagerado de peso durante o período gestacional. É por isso que toda a mulher grávida deve fazer exercícios e cuidar do seu corpo. Mas nada deve ser feito por conta própria, faça o pré-natal, discuta todas as suas atividades com seu obstetra e tenha uma gravidez saudável.