Seja por razões profissionais ou por ainda não terem encontrado a cara-metade, é cada vez mais comum mulheres deixarem para engravidar mais tarde. Recorrendo aos tratamentos de reprodução humana, muitos casais vêm realizando o sonho de ter filhos. É consenso entre os médicos que as taxas de gravidez caem consideravelmente a partir dos 35 anos de idade, quando também aumentam as chances de problemas genéticos na criança, como a Síndrome de Down. Na doação ovular, a gravidez é possível graças a óvulos doados por mulheres mais jovens, que são fertilizados em laboratório com os espermatozóides do marido da mulher mais velha, que vai gerar o bebê.
Depois, o embrião é implantado no útero desta mulher. É a chamada fertilização in vitro com doação ovocitária. Neste caso, o risco de alterações genéticas é menor porque os óvulos são de mulheres jovens. As chances de gravidez na fertilização in vitro variam conforme a idade: até 60% de chances em mulheres até 35 anos que produzam embriões de boa qualidade, de 40% a 50% em pacientes de até 40 anos, reduzindo-se para menos de 25% em mulheres acima dos 40 anos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, só após um ano de relação sexual sem métodos contraceptivos é que a possibilidade de infertilidade deve ser considerada. Em casais cuja mulher tenha acima de 35 anos, este tempo de espera deve ser abreviado para seis meses. De acordo com o médico Evangelista Torquato, no caso do casal apresentar infertilidade, é necessário avaliar as possíveis causas. “Uma possibilidade é a mulher ter hipo ou hipertireoidismo e, corrigido o problema, ela volta a ovular e engravidar.
Tratar cirurgicamente uma endometriose, se a mulher não estiver em idade avançada, pode garantir uma chance cumulativa de até 60% de gravidez em um a dois anos. Em caso de distúrbios de ovulação, podem ser aplicados medicamentos para induzi-la”, alerta o especialista em reprodução humana. Doação ovular possibilita gravidez em mulheres de idade avançada
