Os problemas de infertilidade nos homens são responsáveis por cerca de 30% dos casos de casais inférteis. Em outros 20%, há uma combinação de fatores masculinos e femininos. Isso significa que o fator masculino contribui para a falência reprodutiva em 50% dos casos. “O primeiro passo para um tratamento bem sucedido, e a conseqüente gravidez da parceira, é o correto diagnóstico”, afirma o médico Evangelista Torquato. A diminuição do número de espermatozóides ou sua pouca mobilidade, espermatozóides anormais, ausência da produção de espermatozóides, vasectomia e dificuldades na relação sexual são alguns dos principais problemas em fertilidade masculina. Doenças que atinjam o hipotálamo e/ou a hipófise também podem comprometer a fertilidade do homem. Outra patologia que atinge até 40% dos homens inférteis é a varicocele, uma dilatação das veias dos testículos que popularmente conhecemos como varizes.
A azoospermia, ausência total de espermatozóide no liquido ejaculado, é outra causa da infertilidade conjugal. Aproximadamente 15% a 20% dos homens inférteis e 1% a 2% de todos os homens têm essa doença. Um exame que pode auxiliar no diagnóstico dos problemas de infertilidade masculina é o Índice de Fragmentação do DNA Espermático. No procedimento, são usados corantes especiais para diferenciar os espermatozóides danificados, que ficam avermelhados, dos espermatozóides normais, que ficam verde-azulados. São considerados normais índices de fragmentação abaixo de 20%. Valores acima deste padrão não excluem uma fecundação natural, mas reduzem significativamente essa probabilidade.
Vários fatores podem elevar os índices de fragmentação do DNA do espermatozóide, como o uso de drogas, febre elevada, ambientes com altos níveis de poluição, dietas ricas em gorduras e idade paterna elevada. Quando as causas da infertilidade não podem ser corrigidas, os pacientes podem recorrer a técnicas de reprodução assistida, que têm solucionado a maioria dos casos. Os principais recursos utilizados são a inseminação artificial e a fertilização in vitro, também conhecida como “bebê de proveta”.