FIV – Entenda como é feita a transferência de embriões

Muitas mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar buscam na fertilização in vitro uma saída para serem mães. A FIV é uma técnica de reprodução assistida que envolve a manipulação dos gametas – óvulo e espermatozoide – em laboratório, viabilizando a fecundação fora do corpo da mulher. O tratamento é um dos mais efetivos para casais com problemas de fertilidade. Ele é indicado tanto para casos decorrentes de fatores femininos quanto masculinos, tais como idade avançada, espermograma alterado, baixa reserva ovariana, obstrução tubária, endometriose, entre outros.

O procedimento é realizado em diversas etapas – estimulação ovariana, coleta dos gametas, fertilização e transferência embrionária (TEC). No entanto, o tratamento ainda levanta muitos questionamentos, principalmente sobre a transferência de embriões – uma das etapas mais complexas do procedimento.

Etapa culminante da FIV, a transferência embrionária é o processo pelo qual os embriões gerados em laboratório são colocados no útero. A etapa exige o máximo cuidado para gerar o menor trauma possível ao endométrio. Embora clinicamente o procedimento seja indolor, causando apenas um pequeno desconforto, deve ser lento e delicado. Esse passo é fundamental para o sucesso da técnica e envolve algumas questões importantes.

Uma das dúvidas mais comuns refere-se à quantidade de embriões a serem implantados. Segundo a resolução do Conselho Federal de Medicina, esse número deve variar de acordo com a idade da mulher. Até 37 anos: até 2 embriões; Com mais de 37 anos: até 3 embriões; Embriões biopsiados euplóides: até 2 embriões.

Na situação de doação de óvulos considera-se a idade da doadora; O objetivo é otimizar ao máximo as chances de gravidez, sem correr grande risco de gerar múltiplos.

De maneira geral, a transferência pode ser realizada a fresco, ou seja, de 3 a 5 dias após a coleta e fertilização, ou mais tarde, a partir do primeiro ciclo subsequente. Nesse caso, os embriões são congelados e descongelados para a implantação.

Antes de tudo, é preciso selecionar os embriões de melhor qualidade. Essa avaliação é feita segundo diversas características – número de células, simetria, fragmentação etc. O procedimento é realizado na clínica e não requer sedação. Como preparação, a paciente deve ingerir bastante líquido. A inserção é realizada por meio de um cateter flexível guiado por um ultrassom.

Como vimos, a transferência de embriões é uma etapa complexa e delicada do tratamento. Sendo assim, são recomendados alguns cuidados após a FIV. Assim, seguindo as orientações de um médico especialista de sua confiança, aumentam as chances de realizar o sonho da maternidade.

Revisado por Dra. Raquel Mattos (CRM 14268 | RQE 8013)

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