Incidências de uma gravidez múltipla não natural

Se uma gravidez por fecundação natural já envolve profundas mudanças físicas, emocionais e sociais, a proveniente de reprodução assistida não teria consequências menores. Uma consequência comum dos tratamentos é o aumento da incidência de gêmeos, que ocorre em aproximadamente 30% dos casos. Em uma fertilização in vitro, são transferindo 2 ou 3 embriões para ampliar as chances reais de gravidez, ocasionando 20% a 35% de gestação múltipla. Na fecundação normal, esse percentual é de apenas 1%.

As reações quando esse tipo de gestação é confirmada são das mais variadas: alegria, medo, tristeza, preocupação para os médicos. Sim, preocupação, pois nas gravidezes múltiplas, há uma maior probabilidade de partos prematuros e, consequentemente, de fetos imaturos e/ou de baixo peso. A gravidez múltipla também pode trazer complicações maternas três vezes mais frequentemente comparada a uma gestação única. “Apesar de ser desejada por muitos casais, nós sempre trabalhamos para ter a gestação de um único bebê saudável, porque isso diminui os riscos tanto para mãe, quanto para o bebê”, explica o Dr Evangelista Torquato.

A orientação para parto cesariano é indicada na maioria das gravidezes gemelares para reduzir alguns dos riscos citados acima. Há uma tendência mundial em se transferir um único embrião, para diminuir a diferença entre partos saudáveis e não-saudáveis, em especial em países onde o poder público custeia os tratamentos do casal. Apesar de possíveis preocupações na gestação múltipla advindas de reprodução assistida, não existe incidência de alterações no desenvolvimento cognitivo das crianças.

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