Desejo de ser pai – Dr. Evangelista Torquato

Neste Dia dos Pais, o Ciência & Saúde fala sobre a vida, o desejo e a dificuldade que alguns homens têm de gerar filhos. Dos casais que não conseguem engravidar, em 40% dos casos, a infertilidade é masculina

Ter filhos e dar continuidade à própria história. Ser pai é voltar a ser criança, divertir-se com o crescimento dos pequenos, levar à escola e ao estádio de futebol. É também cuidar, oferecer um ombro, ser herói e dar bronca quando necessário. Vivenciar a paternidade é um desejo de muitos homens. Mas, para alguns, um desejo difícil de realizar. Durante muito tempo, pensou-se que a fertilidade masculina era inabalável. No entanto, dos casais que têm dificuldade de engravidar, em 40% dos casos a infertilidade é masculina, 40% é feminina e 20% de ambos.

“Pode-se dizer que o homem está contribuindo com 50% dos problemas de fertilidade”, diz o especialista em reprodução humana, Fábio Eugênio Rodrigues. Normalmente, a infertilidade está relacionada à diminuição da quantidade e motilidade (capacidade de mover em direção ao óvulo) dos espermatozóides e em sua morfologia (formas normais). Segundo ele, o problema costuma não ter causa definida. “A gente busca detectar e avaliar os casos em que é preciso tratar o homem. Geralmente, nosso objetivo é dar ao casal o que ele está querendo: causar a gravidez”, disse.

Mas o casal precisa ter calma antes de considerar a possibilidade de ser infértil. Engravidar não é tão fácil quanto parece. Quando a mulher tem menos de 35 anos, o casal deve tentar a gravidez por até um ano, sem método contraceptivo, mantendo uma ou duas relações por semana, diz o médico especialista em reprodução humana, Evangelista Torquato. E quando a mulher tem entre 36 e 38 anos, esse casal pode tentar a gravidez por seis meses antes de procurar um especialista em reprodução humana. A partir dos 39 anos, ele orienta que o casal já procure o especialista para fazer uma pesquisa.

O casal que encontra dificuldade em engravidar deve procurar um especialista em reprodução humana para realizar a consulta, anamnese e exames para ter o diagnóstico. No caso do homem, o espermograma diagnostica a maioria dos aspectos masculinos, diz o médico Marcelo Rocha, que é especialista em reprodução humana e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Com o diagnóstico em mãos, o especialista apresenta as possibilidades. “É preciso situar o casal se há necessidade de tratar a infertilidade em si para obter a gravidez e, se existir, explicar qual o tratamento”, diz Torquato, acrescentando que pode ser medicamentoso, cirúrgico ou ambulatorial. Conforme Torquato, os medicamentos podem melhorar o potencial de fertilidade do homem. Aqueles que têm varicocele (varizes na região dos testículos) podem melhorar do problema com correção cirúrgica e o tratamento ambulatorial pode ser através da inseminação artificial ou da fertilização in vitro.

Especialistas explicam que o homem pode ter uma vida sexual normal e não produzir espermatozóides, mas a confusão entre fertilidade e virilidade persiste. Na prática, o assunto ainda causa constrangimento em alguns homens. Mas isso está mudando. Nos últimos anos, as mudanças são percebidas nos consultórios. As mulheres não estão mais sozinhas. A presença de casais é cada vez maior e os homens têm se envolvido no processo.

5 DICAS

  1. O ortopedista Fabio Ravaglia dá dicas de como prevenir a osteoporose. É importante evitar o sedentarismo. Faça exercícios físicos e estimule a família a fazer o mesmo, principalmente os mais jovens. Mas, atenção para não fazer atividades físicas inadequadas às condições físicas.
  2. Alimente-se de maneira correta. Privilegie uma dieta equilibrada e rica em laticínios, peixe, vegetais verdes, legumes, frutas. Além disso, é importante tomar sol, no início da manhã ou fim de tarde.
  3. Não fumar e evitar bebidas alcoólicas. O cigarro e a ingestão excessiva de álcool aceleram a perda da massa óssea.
  4. A partir dos 40 anos, realize a densitometria óssea anualmente. Esse exame mede a massa óssea. Na menopausa, converse com o ginecologista, ou especialista em osteoporose, sobre a necessidade de suplementação hormonal, cálcio e vitamina D.

5. Atenção com medicamentos de uso contínuo. Caso você faça uso de medicamentos que estimulem o aparecimento de osteoporose – corticóide, anticoagulantes, hormônio tireoideano, antiácidos, anticonvulsivantes, entre outros – converse com o médico sobre a necessidade de um tratamento preventivo. Uma das indicações é a suplementação oral de cálcio e vitamina D.

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